Presidência
do Sr. Rodrigues dos Santos em 06 de agosto de 1855.
“Aberta a sessão pelas 9 horas da manhã,
achando-se presentes os srs. Rodrigues dos Santos, presidente; Gomes Pereira,
Argemiro Soares, Alves de Souza, e suplentes os Srs. Garcia e Revdo. Pe.
Auzier; faltando com justificados motivos os Srs. já declarados nas atas
antecedentes.
Lida a ata da
antecedente foi aprovada.
Entrando em
segunda leitura o relatório da comissão de policia e economia externa
apresentado na sessão desta reunião, foi declarado em discussão e afinal se
resolveu sobre cada um dos seus artigos o seguinte: Art. 1º Comunicando que a
casa do matadouro público achava-se no mesmo estado, isto é, só lhe faltando o
ladrilho. Depois de breve debate a câmara resolveu que se procedesse à cobrança
dos direitos municipais e principalmente à cobrança do primeiro semestre da décima
dos prédios urbanos, na forma da lei, para com estas quantias arrecadadas se
poder concluir esta e outras obras do município, e para se fazer efetiva esta
cobrança se afixassem editais chamando os coletados para o respectivo
pagamento. Art. 2º Comunicando que o muro do cemitério ainda está por rebocar e
sem divisões as sepulturas, assim como que a capela precisa de algum reparo. A
câmara resolveu que dos dinheiros entrados para o cofre, se aplicasse o que
fosse necessário para se levar a efeito esta obra, sendo em primeiro lugar as
divisões dos quartéis das sepulturas e reparo da capela, ficando o reboque do
muro para quando se tornarem melhor as finanças municipais. Art. 3º Comunicando
que algumas das ruas e praças desta cidade precisam de limpeza e aterros nos
lugares aonde as enxurradas tem escavado. A câmara resolveu que se ordenasse
aos respectivos empregados que cuidem em providenciar a respeito, tanto da
limpeza como dos aterros. Art. 4º Comunicando que a obra da casa da câmara e
cadeia acha-se com o terreno limpo e parte dos materiais prontos para o seu
andamento. A câmara ficou inteirada. Art. 5º Participando que os empregados tem
bem cumprido os deveres, exceto o administrador do cemitério e o feitor do
matadouro que tem cometido algumas faltas. O Sr. Revdo. Padre Auzier pediu a
palavra e requereu à comissão o informasse quais as faltas cometidas por esses
empregados; depois de satisfeita a informação, requereu fossem chamados os
ditos empregados para serem admoestados, e que na reincidência fossem chamados
à responsabilidade na forma da lei.
Entrando em
segunda leitura o relatório do fiscal desta cidade, e a câmara reconhecendo que
não se achava na forma da lei, mandou reforma-lo para entrar em discussão na
seguinte sessão.
O Sr. Vereador
Auzier pediu a palavra e apresentou a seguinte:
PROPOSTA
Em benefício da
obra da Matriz desta cidade, para alívio de maio ônus dos cofres públicos,
proponho se peça à assembleia legislativa provincial o estabelecimento de uma
loteria com forças adequadas ou proporcionadas à capacidade do lugar. Santarém,
sessão ordinária da câmara municipal, 6 de agosto de 1855. O Vereador Raimundo
José Auzier.
Depois de lido o
sr. presidente pôs em discussão. A câmara resolveu que se oficia-se na forma da
Proposta por intermédio do Exmo. Governo da província.
Dada a hora o sr.
presidente fechou a sessão. E para constar lavrei a presente ata que todos
assinarão. Eu, João de Deus de Leão, secretário da câmara municipal, que a
escrevi.
Joaquim Rodrigues
dos Santos, presidente. Raimundo José Auzier, Antonio de Mello Garcia, Joaquim
Alves de Souza, João Gomes Pereira, Bernardino de Sena Argemiro Soares”.
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