domingo, 27 de dezembro de 2015

Sobre os missionários da Missão de Óbidos

A história da Missão Religiosa em Óbidos teve, como outras, os seus altos e baixos. A carta régia que publicamos abaixo, sobre o provimento de Missionários Franciscanos na Missão junto ao Forte Pauxis, nos mostra que houve períodos em que a existência da Missão foi ameaçada por falta de missionários. Outro fato interessante: para proteger os trabalhos junto aos indígenas, os missionários tinham a missão junto da foz do rio Trombetas, e não junto ao forte militar, assim, evitava-se maiores conflitos.


Dom João por Graça de Deus Rei de Portugal e Cª. Faço saber a vós Governador e Capitão General do Estado do Maranhão que fazendo-se me presente a conta que me destes, que requerendo da Minha parte a Fr. Manoel de Mora Comissário dos Religiosos de Nossa Senhora da Piedade mandasse um Missionário para assistir na Aldeia que fica junto à Casa forte do rio das Trombetas, o não fizera dizendo não tinha bastantes Missionários com que pudesse prover esta Missão, e as mais que tocavam a Sua Província: Fui servido mandar escrever ao Provincial destes Religiosos trate de mandar os que forem necessários para acudir as Missões da sua repartição, e que não o fazendo assim lhes mandarei tirar, e se entregaram a outros Religiosos que se empreguem nesta cultura conforme convém ao serviço de Deus e Meu, tendo os operários necessários para que se não experimente a falta que representais; de que vos aviso para terdes notícia desta minha resolução, e no caso que os Padres da Piedade sendo requeridos para enviarem alguns Missionários para os sítios, e distritos que são da sua obrigação os não remeterem escusando-se com o pretexto de lhe faltarem Religiosos para as ditas Missões; Me pareceu mandar-vos encomendar por resolução de 22 de junho deste Ano em consulta do meu Conselho Ultramarino, e escolhais de outras Religiões aqueles sujeitos que entenderdes podem ser mais úteis para este ministério, para que se remedeie por este caminho esta falta tão prejudicial.
El Rey Nosso Senhor o mandou por João Telles da Silva, e Antonio Rodrigues da Costa, Conselheiros do seu Conselho Ultramarino, e se passou por duas vias.

Manuel Gomes da Silva a fez em Lisboa a 5 de junho de 1715 = E Cª”.

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