domingo, 4 de março de 2018

Sobre a limpeza pública em Santarém no ano de 1914


Tem sido gerais as referências tributadas ao zeloso e infatigável contratante da limpeza pública da nossa cidade governamental, pois, os novos carroções, l’art noveau, introduzidos em nosso meio, para remoções do lixo, são de uma comodidade e asseios únicos.
Construídos pela acreditada fábrica do arquiteto Mamão Bravo, os novos condutores de lixo, preenchem, satisfatoriamente, os princípios de higiene, comodidade e beleza.
Divididos em seções diferentes, hermeticamente fechados, subdivididos em depósitos de alumínio, aonde se encontram os tubos desinfectores, logo que a primeira boca recebe o lixo, este, sorrateiramente desliza, sem o mínimo esforço, pelos ralos do leito dos carroções que, em andamento, vão distribuindo, automaticamente, pelas vias públicas, de onde, momentos antes, fora retirado.

De sorte que, o carroção que recebe no começo de uma rua, certa quantidade de lixo, ao chegar no centro da mesma, já não o contém em seu higiênico bojo.
É um melhoramento digno de registro e uma prova de compaixão para com os animais que se livram da estoupada de conduzir enorme quantidade de lixo para a futura praça dos Regeneradores de Santarém.
Morram-se de inveja os municípios aimangues.
Santarém progride.

NOTA: Publicado no jornal A Época de 27 de março de 1914.


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