Já são
sobejamente conhecidos de todos os sucessos e os contínuos aplausos do público
que tem alcançado o Circo Teatro Show, desde sua estreia, nesta cidade, a 27 de
julho último, data de seu primeiro espetáculo.
Seu elenco é,
realmente, merecedor dos melhores encômios. Tão perfeitos se revelam os
artistas em suas performances, que não é muito fácil podermos classificar qual
o melhor e qual maior número de fãs tem conquistado.
É Leonardo
Temperani? É Léa Temperani? A Família Tapia? É Naná Godoy? É Marcondes Barroso
que nos irrita os nervos com temeridade de grande e consumado trapezista? É
Pindoba, o liliputismo explorado do gênero faceto, ou é Didi, o cômico
irresistível, que nos desopila e figa com suas gargalhadas satânicas e
desconcertantes?
Tão perfeitos
são todos em seus papeis, que não é fácil julgar e decidir qual o melhor.
Naná é
admirável, por todos os seus predicados, quer físicos, quer morais, quer
artísticos.
Os Temperani são
incomparáveis como aramistas.
Aliás,
manifestando-se a respeito do sr. Temperani, um jovem advogado do nosso foro,
num dos seus desabafos íntimos, confessou-nos que o considera o maior artista
em seu gênero, mas que ao leão Nero vota inata e figadal ojeriza.
Ignoramos,
entretanto, a razão desta preferência. Pois se o primeiro é ágil no arame, no
chicote, no salto mortal, na motocicleta, no globo da morte, o segundo é sem
par na agilidade felina, na dentada fatal, no tabefe aniquilador.
Enfim, são
preferências de advogado...
NOTA: Publicado
no Jornal de Santarém de 03 de agosto de 1946.
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