quarta-feira, 14 de março de 2018

Sobre a construção da Rodoviária de Santarém – 1979


A posição da Associação Comercial de Santarém e do Clube de Diretores Lojistas solicitando ao FTERPA a revisão do projeto da Estação Rodoviária, é louvável. Primeiro pela preocupação das dimensões do terreno que vai abrigar o imóvel; segundo pelas dimensões da Estação que, segundo sabe-se, é igual a Estação de Capanema. A verdade é que ninguém em Santarém tem conhecimento do projeto detalhado, talvez, simplesmente porque não houve um projeto para Santarém e sim uma adaptação de um projeto padrão utilizado pelo FTERPA.

De outro lado, pode-se informar com segurança, que a escolha do terreno foi feita única e exclusivamente por razões financeiras. A Fundação, o Estado, nem a Prefeitura dispunham de recursos para compra de terreno, e o entroncamento da Av. Cuiabá com a Av. Magalhães Barata era o único disponível; as instruções eram instalar a obra imediatamente, sem um planejamento mais profundo sobre o assunto, dado a importância que tem esse tipo de equipamento para uma cidade. A obra está atrasada, e agora os empresários locais, através de seus representantes, tentam algumas modificações no projeto, inclusive solicitando a interferência do deputado Oswaldo Melo, conforme noticiou “A Província do Pará”.
O que não se compreende é que Santarém especificamente com três representantes na Assembleia Legislativa (Everaldo Martins, Ronaldo Campos e Teresinha Sussuarana), líderes locais, procurem representantes de outras áreas, naturalmente alheios às peculiaridades dos nossos problemas, principalmente agora que o ilustre deputado Oswaldo Melo alçou voo mais alto, a nível federal, e o problema relacionado com o Terminal Rodoviário é de âmbito exclusivamente estadual. A observação foi feita por um empresário local, da área da construção civil, dizendo ainda “que um assunto dessa natureza não deveria interessar o Partido, mas o interesse do povo. Afinal de contas, foram mais de 20.000 cidadãos deste município que outorgaram mandato àqueles representantes”.


NOTA: Publicado no Jornal do Baixo Amazonas de 24 de fevereiro de 1979.

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